Filhas de Maria

FILHAS DE MARIA – VOCE FOI OU ALGUMA PARENTE pertenceu a Pia União? Conte nos.

Maestro Venancio Gomes dos Reis e filhas de Maria.

Pia União das Filhas de Maria foi uma Associação Religiosa de muita pujança nas décadas de 50 e 60. As meninas eram Marianinhas. Depois ingressavam na Pia União como aspirantes (fita verde) após a devida formação eram admitidas através de sua consagração recebendo a fita azul. Usavam o vestido de fustão branco. Faixa Azul na cintura. Reza do Ofício de Nossa Senhora todo sábado. Ramalhete espiritual. A catequese também foi o alvo do apostolado de várias Pias Uniões.

Mês de Maio todos os dias entrega de flores. Sessões de afervoramento. Concentrações. Existem muitos relatos de Filhas de Maria que se casaram com Congregados Marianos formando sólidas famílias nos moldes cristãos. Diversas jovens após frequentarem a Pia União ingressaram na vida religiosa. Inclusive Mons, Moura idealizou o ED. IMACULADA CONCEIÇÃO a rua Regente Feijó para sede própria da Federação Mariana Feminina. As filhas de Maria recebiam formação civil, moral e religiosa, curso de corte e costura, datilografia e economia doméstica… Fora os filminhos no Cine Santa Maria. Salve Maria!

Procissão na rua Barão de Jaguara.

Acervo do frei Cássio Antonio Francisco.

Alex Nucci

Faleceu no dia 31 de dezembro de 2020, Alexandre Pacheco e Silva Nucci – Alex Nucci (1942-2020), vitimado por COVID-19.

Fez o Curso Secundário no Culto à Ciência, Cesário Motta e Ateneu Paulista. Era psicólogo formado pela USP e fotógrafo autodidata. Campineiro, filho do engenheiro agrônomo Luiz Aristeo Nucci e de D. Aracy Pacheco e Silva. Trabalhou como psicólogo cerca de 25 anos com clínica particular e também com Paulo Gaudêncio, em São Paulo.

Foi colaborador de algumas revistas da Editora Abril como Cláudia, POP e outras. Como fotógrafo trabalhou em vários jornais e revistas de Campinas assim como para a Revista Veja e publicações americanas chegando a ter 4 capas, simultaneamente, em bancas nos Estados Unidos.

Também fez parte de diversas diretorias do Tênis Clube de Campinas. Publicou, em 2001, “50 Anos de Sociedade Campineira” livro com mais de 2.000 fotos e textos sobre como era a sociedade de Campinas entre os anos 1950 e 2000. Em 2012, publicou “Era uma vez 1984…” e, por fim, lançou “Famílias Campineiras”, em 2017.

Era acadêmico do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas, do qual ocupou a cadeira 31, cujo patrono era Alceu Amoroso Lima. Era primo do Prof. José Roberto Nucci Bento. Nossas homenagens! 🙏🙏🙏

Alex

Gedália Pires

Gedália Cunha Pires Azevedo foi considerada a moça mais bonita de Campinas. Quiseram que ela se candidatasse a Rainha da Beleza, mas seu pai não deixou. Quando estudou na Escola Normal Carlos Gomes, na década de 30, diziam que as colegas das outras classes iam admirá-la Casou-se aos 18 anos, com um médico mineiro, doze anos mais velho.

Ela ficou depressiva depois de 10 anos de casada, com 28 anos, mas deram um diagnóstico de esquizofrenia. Ficou internada em um hospício em Pirituba onde recebia tratamentos de choque. Há muita coisa que não deve ser comentada sobre esse casamento, ela sofreu muito porque queria filhos e ele não, para ela não perder a beleza. Sua irmã dizia que era o peso da inveja.

Por fim, por recomendação médica, pra ver se ela se sarava, tiveram uma menina, por causa da falsa “esquizofrenia” e por ela ficar internada, quem criou a menina foi sua mãe e quem usufruiu do amor da mesma foi o pai. Injustiças da vida.

Muitas vezes ela saiu e ficava em Campinas. Era muito calma e deslocada na sociedade. Inteligentíssima, tocava piano, violão ,pintava e tinha uma voz muito bonita. Quando o sanatório fechou, na década de 60, ela foi para Bauru morar com a filha, já casada, mas nunca mais viu o marido que era médico lá, na Beneficência Portuguesa.

Gedália

Prof. Dr. José Alberto Ferreira

Prof. Dr. José Alberto Ferreira, nascido no Distrito de Sousas, em 1908. Neto de escravizados e filho dos colonos Antônio Benedicto Ferreira e Francisca Félix.

Fugiu da fazenda em que morava para estudar, ainda muito jovem, e foi morar na área urbana de Campinas, onde conseguiu abrigo e oportunidade de estudar no Liceu Salesiano N. Sra. Auxiliadora. Lá lavava banheiros e estudava sozinho. Quando podia os padres lhe dava uma ajuda.

Sua família não o queria estudando, pois aumentaria a renda familiar. Autodidata, pegava os livros dos filhos do fazendeiro para estudar, com isso prestou exame e concluiu o Ensino Médio com muita luta. Após concluir o curso fez uma visita aos seus pais na fazenda, seu pai correu atrás dele com uma cinta quando contou onde foi morar. Seu pai dizia: “Você deixou de plantar comida para ir lavar privada dos padres?.”

Com muito sacrifício, prestou vestibular e foi estudar Letras Clássicas. Quando concluiu a faculdade foi lecionar em uma Escola Rural e no primeiro dia de aula os alunos e a comunidade não o permitiram trabalhar, chamando-o de ‘negro sujo’ e exigindo sua saída, para não ser agredido saiu pela janela e nunca mais voltou.

Foi funcionário público até se casar com a campineira Guiomar Maria Tereza, com quem teve três filhas: Lúcia, Lucila e Lídia Ferreira, que também se graduaram e sofreram o mesmo racismo que o pai. Sua filha, Lucila Ferreira Pompêo, por exemplo, não conseguiu assumir seu cargo na Escola Estadual Carlos Gomes, na década de 70. Frustada, foi morar em São Paulo, onde lecionou e se aposentou.

Relato de Carlos Santos: ” Tive o privilégio de conhecer o Dr. ferreira, entre 1980 a 1982, quando eu cursava Direito. Ele me deu ótimas lições de Latim Forense, pessoa culta, educada, advogado de ilibado saber jurídico, não mais existe profissionais desta cepa, e pessoas com carisma como o dele.
Mesmo depois de formado, sempre atento para as frases de efeito jurídico do Dr. Ferreira, da última vez que o vi, foi numa feijoada, no Clube Machadinho, na Vila Industrial. Sua sobrinha, é nossa colega, mas não me lembro o nome dela. Minha convicção em ser advogado, foi me inspirar na postura do Dr. ferreira, vi como os cartorários, tratavam aquele bastião de sabedoria jurídica”.

Prof. Dr. José Alberto Ferreira também estudou Direito em Niterói, já com a esposa e às filhas crianças. Prestou concurso para Delegado em Campinas e passou, mas não pode assumir o cargo por ser negro. Com isso, mudou-se para Amparo, onde o racismo era velado. Lá substituiu um delegado por seis meses, mas assumir mesmo nunca conseguiu.

Voltou para Campinas, onde nunca conseguiu cargo de relevância mesmo enaltecendo suas qualidades. Foi um grande intelectual, advogando por muito tempo. Faleceu em 12/10/1991, aos 83 anos. Está sepultado no Cemitério da Saudade.

Prof. Dr. José Alberto Ferreira foi realmente um exemplo de garra, determinação, coragem e superioridade. 

Batismo do Prof. Dr. José Alberto Ferreira (1908-1991), em 11/10/1908, na Paróquia Sant’Anna, em Sousas. Afilhado de Rodolpho Quirino e Anna da Conceição.

Poema Desagravo

Poema desagravo, assinado por Isabel de Castro Silveira, intitulado “Presença de Margot”, uma homenagem à professora Margot Proença Gallo.

Agora
todas as culpas,
agora
todas as desculpas para a tua ausência
sem minuto de silêncio
sem sinos, sem signos de dor oficializada.
à sombra de tua morte somam-se
estórias que te acertem
tens de ser, por ora,
o que julgam que tu foste.
amiga,
trabalham no cômputo geral dos teus atos
e pronto te devoram.
ah esses ritos
conspiram eleger-te a ré da própria morte.
era audácia demais o teu espírito
à força vital de indagar
o mundo, as coisas, o estabelecido
ele propõe, na própria morte do teu corpo
investigar-se as estreitas verdades dos que ficam.
tua coragem ainda fala
nos ouvidos aguçados das salas de aula
adolescendo procuras. 

Profa. Margot Proença Gallo e Prof. Pedro Stucchi Sobrinho.

Profa. Idalina Caldeira de Souza Pereira

Ela foi vizinha e amiga muito querida da minha avó Iracema Baptista de Camargo Medeiros, na Vila Perseu Leite de Barros, além de ter sido professora de minha tia e diretora da minha mãe, que tinha muito carinho e respeito por ela, mas morria de medo quando via ela com o livro “preto” no corredor. Minha mãe conta que ela era brava quando necessário e justa nas ações.


Ela nasceu na cidade de Ocauçu-SP, filha dos baianos José Hermínio de Souza e Maximínia Caldeira, descendentes de negros escravizados. Neta paterna de Felix de Souza Lima e Hermínia Maria de Jesus; Neta materna de Felippe de Souza Lima e Francisca Caldeira.

Licenciou-se em Pedagogia, onde ingressou no Magistério em 1982, como professora na EE “Prof. José Carlos de Ataliba Nogueira”, no Jardim Maracanã, onde ficou até 1987 e no período de 1987 à 1997, exerceu o cargo de Vice Diretora na mesma Unidade Escolar. Casou com Elizeu Gomes Pereira e teve filhos.


De 1997 à 2005, transferiu-se para a EE “Hugo Penteado Teixeira”, no cargo de Diretor de Escola. Em 2001, a escola passou por uma reforma geral, mudando-se para o Parque Floresta III, em terreno próprio, exercendo sua profissão até 2005.


A Profª Idalina Caldeira de Souza Pereira fez amigos na comunidade e no ambiente escolar. Dedicou sua vida à Educação, por onde passou deixou uma lição de vida e de amor ao próximo. Teve um mal súbito ainda em exercício, no dia 08 de abril de 2005. Está sepultada no Cemitério Pq. das Flores.
Portanto, quem passou a vida inteira educando merece esta simples homenagem.

“Além de diretora onde meu filho Cacau estudou até a quarta série, ela continuou minha amiga e me apoiou em ir em busca do curso supletivo para o Floresta, e foi junto comigo conversar na Delegacia de Ensino onde fui reivindicar o curso supletivo primeiro grau no Floresta, e o Professor Ademir Schiavo nessa reunião me falou se eu apontasse um lugar para as aulas noturnas ele aprovaria o curso, eu estava levando a sugestão do Centro Comunitário do Floresta, mas a Dona Idalina prontamente ofereceu duas salas no Hugo Teixeira Penteado, e assim foi feito.” (Helle Santos)

“Idalina era maravilhosa, risada gostosa demais, quando estudei no Ataliba Nogueira me deu aula, vivia me colocando pra dentro da sala porque dizia que ninguém tinha mais sede que eu.”

Profa. Idalina Caldeira de Souza Pereira.

Os mais antigos cinemas

Texto de José de Castro Mendes, extraído do livro “Efemérides Campineiras”, reproduzido em edição com imagens ilustrativas, by Jane Durlin.📷

Rink Campineiro e Cine Bijou

• O Rink Campineiro foi inaugurado em 1878, inicialmente uma casa de espetáculos especializada em patinação e possuindo também um salão para espetáculos, bailes e conferências; era localizado na esquina da Barão de Jaguara com a Conceição. Com a chegada do cinematógrafo, a partir de 1901 passa a haver sessões regulares do Cinematógrafo Universal e da American Biograph. A Empresa Serrador se instalou nesse cinema, com um aparelho Richebourg.
O Rink Campineiro se adaptou rapidamente às novidades do cinema, atraindo grande público. Demandando menos custos que outros espetáculos e tornando os bilhetes mais acessíveis, tais atrações passaram a ser uma prática central nos hábitos urbanos.

A partir do ano de 1909, surgiram novos espaços dedicados exclusivamente às exibições de filmes, como o Cine Bijou e o Cine Recreio.


• O Cine Bijou, como registrou José de Castro Mendes (1963: 11), possuía uma orquestra formada de mulheres e dirigida pela violinista Eugenia Franc, professora e musicista de destaque que se instalara em Campinas no início do século.

Cine Recreio e Theatro e Cassino Carlos Gomes

O Cine Recreio investiu em um agradável passatempo para seus frequentadores, como anunciou no Diário do Povo em abril de 1916: “A empresa cinematográfica do Recreio inaugurou mais um ótimo melhoramento, que consiste num quinteto, que antes das sessões, executará composições musicais conhecidas e de grandes autores, na sala de espera.” À semelhança dos cinemas cariocas da Avenida Central, a música nas antessalas funcionava como prenúncios dos bons programas que se seguiriam e relacionava-se aos momentos de sociabilidade.

• O Teatro (Cassino) Carlos Gomes foi inaugurado em 31 de outubro de 1910. Um dia antes da inauguração, foi aberto ao público para visitação, desde as 6 horas da tarde, para que as pessoas apreciassem a iluminação elétrica, então uma novidade.
Inicialmente funcionava sob a administração da Empresa Damy & Cia., depois passou para a Empresa Ribeiro Júnior e Carlos O. Penteado. Localizava-se na Rua Bernardino de Campos, atrás da estátua de Carlos Gomes. (Wikipédia)

Cine Coliseu, Cine São Carlos e Cine República

Cine São Carlos


Após a demolição do Teatro São Carlos, foi inaugurado, a 9 de maio de 1924, o Cine (Teatro) São Carlos, na Rua César Bierrenbach, esquina com a Coronel Rodovalho, inicialmente propriedade da Firma Ortale & Franceschini, depois da Bomer & Cia. e Empresa Cinematográfica Paulista. Funcionou durante 37 anos, freqüentado pela elite cultural e financeira da cidade e projetou, pela primeira vez em Campinas, um filme sonorizado. Foi interditado para reformas em 1951,
após o desastre do Cine Rink, para nunca mais reabrir. O Cine São Carlos exibia, nos anos 40, dois seriados por domingo, e em seguida um longa metragem.

•Cine Coliseu
Foi inaugurado em 1905 um rústico barracão denominado Pavilhão Coliseu Taurino, uma casa de diversões que apresentava touradas, circo de cavalinhos, luta romana, e outros entretenimentos da época. A partir de 1916, após a realização de reformas e seguindo a ascensão dos cinemas em Campinas, passou a funcionar como cinema, com o nome de Cine Coliseu.Tinha capacidade para 2 mil pessoas, e era dirigido pela dupla Luiz Vianna & Bianchi.
O Cine Coliseu se localizava na esquina das Ruas César Bierrenbah e Irmã Seraphina. Com o Plano Prestes Maia de remodelação urbana, o cinema fechou suas portas em 1944, e foi demolido em 1946. Atualmente, no local, está o Clube Semanal de Cultura Artística.

•Cine República


O Cine República foi inaugurado em 1º de janeiro de 1926, no prédio que pertencera à Viscondessa de Campinas, e que também funcionara como Grupo Escolar, sob a administração da Empresa Coelho & Muniz. Foi inaugurado com o filme Mocidade Louca, de Felippe Ricci, produzido em Campinas. Ficava no Largo da Catedral, esquina das Ruas Francisco Glycério e Costa Aguiar, possuía 2 mil lugares, e foi destruído por um incêndio sem vítimas, em 1944.
(Wikipédia)

°Externato São João


Fundado em 24 de junho de 1909 pelo padre Domingos Albanello, foi erigido em um terreno da Rua José Paulino já adquirido em 1905 pelos padres salesianos, a fim de abrigar as oficinas profissionalizantes do Liceu de Artes e Ofícios, cuja sede tinha localização um pouco distante da região central da cidade.
As suas sessões de cinema funcionavam sob a direção e a orquestra do Padre José dos Santos.

• Cine Rádio


O Cine Rádio, fundado em 1950, era um cine teatro, com capacidade de até 420 pessoas, na Rua Barreto Leme, 931. Ficava no local onde depois foi o auditório da Rádio Educadora de Campinas, que lançou um programa de recordação de antigas canções, denominado “Cine Rádio” em homenagem ao antigo cinema naquele local.

SEMANA SANTA

Semana Santa em Campinas, relato do advogado campineiro Raphael Mila Bueno.


“Era rigorosamente guardada e respeitada por toda população campineira. As vestes pretas ou escuras eram frequentes e recomendadas pela igreja de então e um profundo e respeitoso silêncio invadia toda a cidade, com o ensurdecimento das buzinas, rádios, vitrolas, etc… Os carros particulares não circulavam na sexta-feira santa e até mesmo o relógio da nossa Catedral contribuía com o constante silêncio, não funcionando, porque era determinada a sua paralisação pelo pároco da mesma.

Semana Santa em 1953.

Ninguém cantava música alguma, muito menos as do Carnaval que havia passado e tudo se reduzia a um compasso de espera, aguardando o Sábado de Aleluia, que comemorado com muita alegria e, até mesmo, carnavalescamente, por muitos clubes, não faltando o tradicional sacrifício de Judas que era enforcado em uma árvore e terrivelmente espancado pela mulecada de então…” Os tempos mudaram! Hoje, nem mesmo Sábado de Aleluia existe. O que, realmente, hoje se comemora é o Sábado Santo.

Celebração da Sexta-Feira Santa, no Bosque dos Jequitibás, na década de 10.


A procissão da Ressurreição de Cristo, durante a madrugada de Domingo era assistida pelos associados do “Cultura Artística” em suas sacadas, após o termino do Baile de Aleluia. A procissão dos Passos, era bastante participada pelo povo. Os altares significando os vários passos de Jesus ao subir Calvário (Via Sacra) erma distribuídos em diversos locais da cidade, como por exemplo, no antigo prédio da Tração, Luz e Força , residência do Sr. Quintino de Paula Maudonnet, ambos na rua Barão de Jaguara; no Externato Santa Therezinha, no Casarão doa Alves na Avenida Francisco Glycério, na casa Mães Missionárias, etc..

Procissão de Sexta-Feira Santa passando pela Avenida Francisco Glycério, em frente ao Largo da Catedral rumo à Igreja N. Sra. do Rosário em 1910


Os cinemas mantinham programação especial, com filmes religiosos, como por exemplo: “O Santo Sagrado” e na Sexta-feira Santa, cerravam suas portas. O teatro da época encenava todos os anos a peça: “Vida, Paixão e Morte de N. S. Jesus Cristo” participando do elencos os seguintes artistas: Antonio Carlos (Carlito) Maia, Vicente Ghilardi, Bruno Benetti e outros.

Lembramos ainda da impressionante cena da Verônica que com a sua maravilha voz, rompia, sonoramente, o profundo silêncio da noite, bem como das extraordinárias preleções do Monsenhor Moura, que, pela característica de sua voz, era cognominado o “Padre Eterno”, o que ocorria durante a Procissão do Senhor Morto, na Sexta-Feira Santa, onde se viam enormes velas e muita gente descalça cumprindo promessas”.

O Caminhão 1.041

“A Gazeta – S. Paulo”, 1 de novembro de 1927:

“O caminhão 1.041 matou JOANNA VINHADO e feriu gravemente uma irmã da vítima.”

“As 20 horas de ontem apresentou-se ao Dr. Samuel Silveira, delegado regional, o motorista JOÃO CARNIELLI, condutor do caminhão 1.041, que, ante-ontem, no local chamado “Dos Allemães”, próximo ao Jardim Chapadão, apanhou e matou a jovem Joanna Vinhado, ferindo, ainda, uma irmã desta, de nome MARIETTA, cujo estado continua bastante grave.

Nas declarações que prestou na Delegacia Regional , disse o motorista que, rumo à cidade, vinha em seu caminhão 1.041, trazendo como passageiros, seu progenitor e três irmãzinhas. O carro levava marcha regular, tendo o declarante notado, próximo ao Chapadão que, em seu seguimento vinham mais dois automóveis, um dos quais forçou a passagem, obrigando o declarante a esterçar o caminhão indo, então, apanhar as duas irmãs.

Após prestar declarações foi o motorista posto em liberdade, sendo o caminhão recolhido à repartição policial.

Joanna, a desventurada mocinha vítima do desastre, era noiva de Álvaro Costa, antigo operário da Mogyana. Esse moço, há tempos, num desastre verificado nessa ferrovia perdeu ambas as pernas. O inquérito instaurado contra o motorista João prossegue, devendo ser ouvido hoje, o depoimento de mais testemunhas.”

A nota

Vitrais

Vitrais da Igreja Santa Rita de Cássia, ofertados por Ricardo Fanelli, Manoel Affonso Ferreira, família Bonavita, Octávio Bierrenbach de Castro, Maria das Dores Penteado de Queiróz, Moacyr Barbosa Lima, Tomás Tsu Heng Sieh, família Pacetta, Armando Ladeira Araújo Teixeira, Donato Paschoal, Wilson Lemos de Morais, John F. Kennedy (oferta do Consulado Americano), Roberto Franco do Amaral, Arlindo Joaquim de Lemos Júnior, José Giordano, família Zoppi, família Ferreira Jorge, família Martucci Gonçalves, etc.

 

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Fotos de Ariovaldo dos Santos – Profcolor

 

Fotos de Ariovaldo dos Santos – Profcolor.

 

O vitral é do Prof. Ton Geuer, vitralista holandês que, em 1960, se instalou na nossa cidade. Ele foi o fundador da empresa de Vitrais” Ton Geuer” que, há cerca de meio século, se dedica à arte milenar dos autênticos vitrais.

 

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Fotos de Ariovaldo dos Santos – Profcolor

Ton Geuer participou na fundação do antigo curso de Educação Artística da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas) onde ensinou técnicas de vitral de 1971 a 1985. Entre sua muitas obras, contam-se diversos vitrais em igrejas espalhadas pelo Brasil, restaurações de vitrais antigos, vitrais em hóteis, peças decorativas e também vitrais instalados em residências particulares.

 

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Fotos de Ariovaldo dos Santos – Profcolor

Ton Geuer faleceu em 2010, mas a sua família, em conjunto com técnicos vitralistas, continuam a atividade da empresa de vitrais.

 

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Ton Geuer

 

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